[Resenha] A Cidade e as Serras - Eça de Queirós

Editora: Martin Claret
Páginas: 220
Estrelas: 4

Eça de Queirós, nascido em 25 de novembro de 1845, foi um escritor português que participou do movimento literário conhecido como Realismo. Para quem não sabe, o Realismo surgiu como uma crítica a sociedade burguesa da época.

O livro que será resenhado aqui hoje foi escrito em uma época mais tranquila da vida do autor. Conta a história de Jacinto, um homem que sempre prezou muito as tecnologias, vive em Paris, na virada do século XIX para o XX. Integrante da burguesia parisiense, ele tem propriedades em Portugal, mas as nunca as visitou.

O personagem principal tem todo o conhecimento que julga necessário, com uma biblioteca com milhares de livros e todas as ferramentas tecnologicas inventadas até então, porém, não tem o mais importante, felicidade. Ele não é feliz em meio a esse monte de coisas que entulha o 202, vive entediado. Mas ele nunca cogita a possibilidade de ir até uma de suas terras em Portugal, até que um desastre inestimável ocorre em uma delas.

Quem narra tudo isso é Zé Fernandes, amigo de longa data do protagonista, Zé, ao contrário de Jacinto é totalmente da Serra, não sabe manusear os instrumentos que ficam sobre a mesa do escritório do amigo e faz inumeras comparações.

Os dois partem com destino à Serra, com o objetivo de resolver o problema e voltar imediatamente, eu diria que a viagem não foi das melhores, aconteceu tanta coisa ruim!!

O coração de Jacinto sempre pareceu pertencer as Serras, pois é lá que ele encontra a verdadeira felicidade e realização. Acaba resolvendo muitos problemas que ali ocorriam, como a fome, deu moradia decente a vários funcionários.

Foi uma crítica leve, mas foi uma crítica. Ele conseguiu fazer o livro valer até hoje, como quem diz “com toda essa tecnologia, não é feliz? Quem sabe se for ver a natureza lá fora...” temos hoje a ideia de que precisamos estar conectados o tempo inteiro, ou vamos perder alguma coisa, mas esquecemos que assim estamos perdendo coisas mais importantes ainda, não estamos vendo o que está acontecendo lá fora, a sombra de uma árvore, o pôr do sol.

O autor realmente era um visionário, foi a primeira e única obra dele que li por enquanto, e percebi, que foi mais leve do que outras obras realistas que eu já li, só que eu fiquei sabendo que os livros que ele escreveu quando era mais jovem são a verdadeira essência do Realismo.

Dei 4 estrelas por quê o enredo te prende, mas apenas do segundo capítulo em diante. O primeiro é muito “oi?” talvez apenas para mim, já que tenho mania de escolher um livro apenas pelo sinopse, sem ler absolutamente nada à mais. Erro meu? Não sei. 

Outra coisa importante é a linguagem, por ser um clássico, muitas palavras serão desconhecidas, algumas pessoas tem dificuldade para ler por não conhecer, posso fazer um post dando dicas de como conseguir se prender a uma leitura clássica.


Comentários

  1. Olá Luiza!venho através da agenda dos blogs conhecer seu cantinho e amei"sucesso"já estou te seguindo.fica com Deus!bjss! http://wwwmazeblogspotcom.blogspot.com.br/

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  2. Como assim eu não conhecia esse livro???
    Adorei a resenha e gostei o modo como você escreve. Vou procurar esse livro pra ler também.
    Também tenho um blog literário e um canal também.
    É tão bom conhecer pessoas desse meio, fiquei super feliz!!
    Claquete Rosa

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    1. Awwn obrigadaa, fico tão feliz ao ler isso!! É ótimo conhecer pessoas que também gostem de ler ❤

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  3. Um dos melhores livros ja escritos e parte da cultura de leitura do Brasil! :D Li pela primeira vez no colegial e me encantou desde o primeiro paragrafo. Um livro incomparável! :D
    Beijos, Min - www.yasminbueno.com

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    1. Eu achei ele na biblioteca da escola e me interessei 😂💙. Beijos

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  4. Eu amo livros , tenho quase uma biblioteca em casa .. rs
    Adoreeei...
    Beijos Sucesso.

    www.blogsemprebella.com.br

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